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Memórias da Cidade: Ido Finotti

Postado em 2021-06-24
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Memórias da cidade : Ido Finotti 

Por_ Luana Angélica 

O aspecto retorcido das árvores do cerrado do Triangulo Mineiro e suas paisagens que tanto nos atravessam foi um dos temas principais das pinturas de Ido Finotti. Natural de Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo, Ido teve seus primeiros contatos com a prática artística através dos ensinamentos que adquiriu com o empreiteiro de obras italiano Giacomo Stefano, aprendendo os segredos da pintura parietal com seus adornos, muito comuns no início do século XX. Trabalhou neste ramo em sua juventude e contribuiu na pintura de prédios como o Hotel Esplanada em São Paulo, o Paço Municipal de Uberaba e na Oficina Cultural de Uberlândia, que na época abrigava a Companhia Elétrica da cidade.

Fixando residência em Uberlândia, abandona os motivos decorativos e inicia sua trajetória como artista plástico retratando paisagens naturais e urbanas da região em pinturas a óleo.

Em 1947, inaugura a famosa Confeitaria Na Hora. O nome referia-se a deliciosa expressão mineira “tá na hora do cafezinho”, segundo conta sua neta Cristiane Finotti. Começa a expor suas telas em seu estabelecimento e neste clima despretensioso e de acolhimento mineiro, entre quitandas e cafezinhos, cria a primeira galeria de arte da cidade, frequentada por pessoas ilustres como Cora Pavan Capparelli, que adorava a companhia do artista e sua esposa Adelina.

Finotti expunha suas pinturas e também trabalhos de outros artistas dando vida a um circuito de arte na cidade: “Você vê o preço aí e combina com as pessoas”, era o que dizia ao seu funcionário Sebastião Tavares, que trabalhou na confeitaria-galeria de 1959 à 1981, quando fecha suas portas, um ano após a morte do artista.

Sua importância relaciona-se a criação de uma espécie de “visualidade do cerrado”, segundo Ricardo Finotti, sobrinho do artista e pesquisador de sua obra. Segundo ele, Ido Finotti fazia seus esboços em “plein air” (ao ar livre) e fabricava suas próprias tintas, finalizando suas composições posteriormente em seu ateliê, onde recebia seus netos e os incentivava na pratica artística.

Dentro de sua invenção estética do cerrado mineiro, presenteia nossos olhares com o retrato de rios da região como o Uberabinha, Tijuco e Araguari, a dança quase barroca das árvores secas das paisagens triangulinas e Ipês explodindo em cor. Registrou as queimadas frequentes ocorridas na região mostrando que também existe beleza mesmo na desgraça. Pintou cenas rurais e urbanas exibindo o casario típico de Minas Gerais. Registrou igrejas que não existem mais.

Atualmente, abençoa todos os artistas que expõem suas obras de arte na galeria que leva seu nome, na cidade que abriga as paisagens que tanto retratou.

mail Colaboração: Luana Angélica  - @picoledegesso 

FONTES:

https://acervomuna.com.br/videos/

http://www.comunica.ufu.br/noticia/2017/05/dissertacao-aborda-vida-e-obra-do-pintor-ido-finotti-e-sua-relacao-com-uberlandia

https://www.youtube.com/watch?v=Qg3moCH011U

https://www.youtube.com/watch?v=Xz1P1-RNN0I

IMAGENS:

https://www.facebook.com/IdoFinotti/photos

 

                        

                 

       

            

         

                    

                  

                  

                  

                  


 

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